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terça-feira, 6 de julho de 2010

Agricultor preso em Gandu por maus tratos a um garoto portador de necessidades especiais e estupro da filha durante cinco anos




O agricultor Carlos Souza Silva, de 35 anos, foi preso em Gandu por maus tratos a um garoto de quatro anos portador de necessidades especiais e pelo estupro da própria filha de 18 anos durante cinco anos. Segundo informações do delegado titular de Gandu, Madson Barros, o agricultor se apropriava indevidamente da aposentadoria do garoto, deficiente mental por um ano. “Ele registrou o garoto como filho e usava o dinheiro da aposentadoria do garoto. Com o consentimento da mãe do garoto, ele pegava o cartão do INSS e sacava o dinheiro do benefício, mas não repassava para ela. O garoto começou a passar fome, se alimentando de farinha com açúcar”, contou o delegado.

De acordo com o delegado de Gandu, o agricultor ainda molestava a filha, que hoje tem 18 anos, desde os 13 anos de idade. A jovem conta que nunca denunciou os abusos do pai por medo. “Ele me ameaçava bater e não deixava eu ter namorado. Agora vou morar com minha madrasta”, contou a jovem. Segundo o delegado, Madson Barros, o ato libidinoso já configura o estupro. “Não existe mais a consumação do fato. Hoje existe o estupro de vulnerável e a liberdade sexual da jovem foi violentada”, afirmou o delegado. Carlos Souza Silva conheceu a mãe do garoto, Elaine Santos Novaes, de 24 anos, no bairro onde eles moram na periferia de Gandu em 2006. Os dois moravam juntos, mas há três meses Elaine se separou dele por problemas com o benefício do filho dela. “Ele comprava o que queria e só me dava R$ 20 do dinheiro do meu filho. Meu filho toma um remédio que custa R$ 30, é um calmante. Quando faltava eu pegava no posto. A comida era só farinha e açúcar ou comprava fiado ou pegava com vizinhos. Eu não tive como agüentar e resolvi procurar a delegacia”, contou Elaine.

O filho de Elaine se alimentava apenas com farinha e açúcar porque ela ficou sem o único dinheiro que sustentava toda família. Por conta disso, ela resolveu denunciá-lo. “Com o dinheiro da aposentadoria ele comprou celular, televisão e outros bens, mas não dava nada para a mãe do garoto, que estava passando fome. Ele vai ser indiciado por estupro, apropriação indébita de dinheiro, supressão de documentos, maus tratos e ainda alteração de direito inerente ao estado civil, ou seja, registrou a criança como se fosse filho legítimo dele”, afirmou o delegado.

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