Neste final de semana todos os caminhos levam turistas e visitantes à histórica cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Nesta sexta, dia 13, vestidas de branco, as 23 integrantes da Irmandade da Boa Morte começam os rituais públicos e secretos da Festa da Boa Morte, às 18h30. Em cortejo, elas fazem o translado da imagem de Nossa Senhora no esquife, que sai da antiga sede no Largo da Ajuda e é levado para a sede da Irmandade da Boa Morte, na Rua Treze de Maio.
Em seguida assistem a uma missa em memória das irmãs falecidas. Após a missa, as integrantes da Irmandade servem a ceia branca com pratos à base de peixes e mariscos, e que não levam azeite de dendê no preparo, além do pão e vinho. Esta ceia é reservada às irmãs, familiares e alguns convidados.
Todos os anos, os festejos em homenagem a Nossa Senhora da Boa Morte atrai turistas de outras cidades e do exterior, especialmente afroamericanos. Segundo o administrador da Casa da Irmandade, Valmir Pereira dos Santos, em 2009 mais de 350 afroamericanos participaram da festa em Cachoeira, que também contribui para aquecer a economia local com a lotação dos hotéis, pousadas e pensões, comercialização de alimentos e bebidas.
Durante quase três séculos, a festa da Boa Morte acontece de 13 a 17 de agosto e é uma das celebrações religiosas mais importantes na Bahia. Segundo a secretaria de Cultura do município, a previsão é de que este ano, a festa deva atrair cerca de três mil turistas, entre eles os afroamericanos, que permanecem na cidade durante três dias em média. Eles deixam no local em torno de US$ 800, cada, cerca de R$ 2 mil. A festa prossegue até a próxima terça-feria, dia 17.
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