Audiência combate evasão escolar em Ipecaetá





 “Mais de duzentos pais participaram da audiências de combate a evasão”

Foi realizada nesta sexta-feira (15) mais uma audiência de combate a evasão escolar no município de Ipecaetá. Um dos motivos do encontro entre pais e Poder Judiciário é de advertir pais e filhos para as possíveis consequências de não frequentarem a escola.

Um dos motivos de realização das audiências é o alto número de alunos em evasão escolar nas escolas que pertencem a Comarca de Santo Estevão que também incluí Ipecaetá. De acordo o juiz José Brandão, a evasão escolar não acontece de forma isolada. “Nas audiências, sempre percebemos que o aluno não deixa de ir para escola sem motivos, identificamos sempre problemas na escola ou em casa”, comentou Brandão, acrescentando que, “dos problemas identificados encotramos sempre casos de bwllyng”, informou.

Conforme o juiz, aos pais que descumprirem as regras da portaria do Toque de Estudo e Disciplina – TED poderão ser aplicadas multas, tanto para os filhos quanto para os pais. “Aos pais que não cumprirem com suas obrigações, fiscalizando a frequência dos filhos na escola, participando das reuniões escolares, poderão ser sujeitos a pagar uma multa que pode variar de três a vinte salários mínimos”, salientou

Audiência

Para o encontro com pais e Poder Judiciário em Ipecaetá foram intimados 213 pais acompanhado de filhos em evasão. Dos problemas identificados como motivos de ausência em sala de aula , alguns pais alegaram que os filhos saem de casa para a escola todos os dias e não comparecem na aula, outros deixaram de ir frequentar a escola para cuidarem da casa ou da lavoura, outros também afirmam estarem trabalhando “

Durante a audiência, o magistrado alertou aos presentes que o aluno que perder por falta irá pagar uma medida sócio-educativa. “Não é justo que apenas os pais sejam punidos, pois muitos filhos saem de casa arrumados para irem estudar e desviam o caminho, com toda esta situação, os filhos também, isso conforme o caso irão pagar algumas medidas sócio-educativa prestando serviço para a comunidade”, disse o juiz.

Dos problemas identificados na audiência, o bwllyng também foi uma das reclamações de pais justificando a ausência dos filhos. Nervosa, uma mãe mãe falou para a nossa reportagem que um dos motivos que a filha deixou de ir para escola foi porque o filho sempre recebe bolinhas de papel e xingamentos, com isso ele sempre fica indisposto para ir estudar”, explicou a mãe, desejando não revelar identidade com vergonha da comunidade.

Questionada por nossa reportagem, a dona de casa Marinalva Santos salientou a importância do Poder Judiciário está punindo os menores que não obedecem os pais. “Gostaria muito que o juiz chamasse atenção de minha filha, ela tem que ser punida, me desobedece, não quer ir para escola e tudo que eu falo ela não escuta, vai ser um grande favor se o juiz punir ela de alguma forma”, desabafou a mãe.

Ainda durante a audiência, outra situação que chamou atenção dos presentes foi o relato de uma mãe que declarou ao juiz que a filha se sentia amedrontada em sair de casa

 

 

Clécia Rocha para A voz Jovem